MARINA TSVIETÁIEVA
O amor - (sem inchaço
retórico) - é sutura.
Sutura - não curativo
Sutura - não armadura
Sutura: costura-se o morto
-euemvocê - à sepultura.
(Tempo, incisão, pontos:
firmes ou frouxos?)
Por fim, amigo - vai-se
a costura! Estilhaços!
- menos pena - a fratura!
Sem infecção: sob os pespontos,
vida vermelha nas veias!
Quem rompe primeiro
não perde o poder.
Bairro, subúrbios - frentes
e frontes de ruptura.
Nos bairros - saltam miolos!
(Na periferia - forcas).
Nada perde quem rompee parte ao raiar do dia.Costurei-lhe uma vidaà noite, não rematei de dia.
2 comentários:
Hei, que poesia interessante.
"Sutura: costura-se o morto
-euemvocê - à sepultura."
É extremamente original! E meio genial por perceber uma visão tão interessante.
Fera.
[]s
Marina é incrível.
Postar um comentário