terça-feira, novembro 23, 2004

Correio


Recebi uma carta em formato de um mini livro, que na capa dizia: Suas cores belas.
Cheguei em casa na última Sexta feira, tinha acabado de fazer uma prova e a única coisa que eu queria era uma cerveja gelada. Meu querido pai brindou comigo mais uma cadeira da faculdade eliminada, quando tirou do bolso o pequeno envelope e colocou sobre a mesa, perto do meu sanduíche. Larguei tudo e abri , lembrei que faço isso a mais de dez anos, e sempre me emociono. É uma parte da minha vida quase que intocável, perfeita, com belas cores e matizes. Remetente, só poderia ser Fernanda Meireles. Toda a sutileza que o amor representa está impregnada em sua escrita, que as vezes fica levemente diferente quando troca de caneta. Seu presente chega em forma de passado, como um diário de bordo. As colagens completam as frases encaixadas, lego de 6 furos. As respostas para as perguntas que fiz aparecem como enigmas , soltas ao longo das páginas. Universo criado e alimentado a muita distancia. A saudade da tua presença rasga os meus tecidos cardíacos.