domingo, setembro 30, 2007


Fruto verde
Devorado
Não havia sementes
Sobraram as cascas...
... e mais nada.

sexta-feira, setembro 28, 2007

quinta-feira, setembro 27, 2007

Recebi um presente lindo. Contagem regressiva para poder vê-lo.
Pequena mulher de Viena obrigada.
Já faz mais de 20 anos que trocamos miudezas, terapia do riso e coisas do coração. Tornaste mais uma vez minha vida diferente.
Cor de sangue.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Não há mais nenhum hábito para dormir
Antes necessitava de costas desnuda
Resta bater com as canelas na parede.
Alinhar a nuca ao travesseiro
E tornar as sinapses mais encaixadas.
Brincadeira de lego. Peças de furos pares
Nada pontiagudas.
As adagas descansam em suas bainhas.
É melhor assim.

quinta-feira, setembro 20, 2007

State of emergency,
How beautiful to be,
State of emergency,
Is where I want to be.


(Jóga - Bjork)

terça-feira, setembro 18, 2007

Compartilhar v. t. Ter ou tomar parte em; participar de; compartir

será que dessa forma se torna mais compreensível?


(trilha sonora mantendo os sentidos que restaram: Sympathy For Lady Vengeance)

segunda-feira, setembro 17, 2007


Girassol desintoxicando.

quinta-feira, setembro 13, 2007

O sabor é artificial.
Sem conservantes ou corantes.
As emoções são plastificadas
Sem cordões para amarrar os pulsos
ou trações para as falangetas.
Meu brinquedo de delicados pecados
Tem zíper no umbigo
Pede sempre que as costelas desenhadas
Fiquem fora do alcance das crianças.

terça-feira, setembro 11, 2007


Isso dá medo.
Swank P&B.

domingo, setembro 09, 2007

Dopamina (C6H3(OH)2-CH2-CH2-NH2)

Guarda entre os dentes as respostas
Mastiga e mistura com a saliva
Retalhos de um discurso inútil
Para renascer nas gengivas
Inflamadas palavras de perdão.

[Assim seguem os dias, saudade que não adormece]

quinta-feira, setembro 06, 2007

Ásanas

"mas falta pele!"
Algumas sessões depois... : "Você anda fazendo as práticas sozinha???!! "
É pequena borboleta, Namastê.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Leve também as flores do vaso... aquele perto da poltrona, até parece que existe outro vaso nesta sala. Assim ela disse.
Sem modéstia de palavras ou qualquer delicadeza esperada. Tudo que tivesse alças e servisse para transportar eram jogados sobre a cama. Tentava facilitar e ao mesmo tempo cultivava um pequeno martírio, apressando e exigindo uma saída nada indolor. Contabilizava os cabides pelas cores, os pretos deveriam permanecer, os outros se espalhavam pela sacada. O lembrete para que as flores também partissem foi o único diálogo, o restante era um som de abrir e fechar portas, gavetas e passos paralelos. Linhas que não se cruzavam mais, que seguiam a se fiscalizar e arbitrar a divisão dos poucos bens. As mochilas já estavam na porta, e as flores no bolso da jaqueta. Um aperto de mãos e uma pausa silenciosa. Por trás daqueles ombros desnudos avistava um caos com pouca luminosidade, livros que não voltaria para buscar, a camisa de dormir, a casa...
O último pedido saiu. A mão alcançou o bolso e um punho de lírios novamente foi entregue. Eles ainda continuam bonitos como na semana passada... Mas eu não. Assim ela disse.

sábado, setembro 01, 2007

...é melhor pensar que vencemos mais um dia, e que foi bom..., preservando o que nos mantém juntos.
Fiquei pensando nisso enquanto pisava sobre o cadarço do meu tênis, e não conseguia sair do lugar, no meio de uma gente estranha.
É senhor Escuridão, a fatia deve ser proporcional a sua fome, nem mais ou menos, apenas o justo. E cada dia se torna um pedaço, um fragmento que desejamos manter na palma das mãos, acariciando e colocando para adormecer. A noite chega e é hora de fechar as janelas.


(é sempre bom te encontrar e rir despretensiosamente da vida e afins)