sexta-feira, dezembro 31, 2004

Já vai tarde!
Todo final de ano diz isso, sem culpa como se fosse vítima do acaso.
Foram reviravoltas, 2004 começou com um pé na bunda mal resolvido que se estendeu até meados julho. Aeroporto e despedida. Terapia. O retorno a vida social e o beijo que não deveria ter acontecido, junto com uma porção de frases lacrimosas que transtornaram minhas certezas. Voltei a conviver com o fantasma materializado amigavelmente, foram dias bons. Perdoava aos poucos, e o peso ia ficando pelo caminho por onde a bicicleta passava. O último saco de areia caiu em dezembro, honestamente e em silencio com os olhos pequenos fitando os olhos de girassóis. O balão mais leve começou a subir, e olhar "as coisas de cima" ajudou a equilibrar as perdas. Neste balão estavam meus amigos, as cervejas geladas, as músicas boas para dançar, os livros, os filmes, e as surpresas de final de festa, tipo um "Bolero". Diversão, vandalismo, vandalismo light, tantos nomes para uma coisa só. VIVER SEM MEDO.

domingo, dezembro 26, 2004

Don't be afraid
Open your mouth and say
Say what your soul sings to you
Your mind can never change
Unless you ask it to
Lovingly re-arrange
The thoughts that make you blue
The things that bring you down
Can only do harm to you
So make your choice joy
The joy belongs to you
And when you do
You'll find the one you love is you
You'll find you love you...

Isso é perfeito demais para fazer qualquer comentário.
Enfim, dizer o que sente não dói.


Massive Attack - What Your Soul Sings
Adormece no ritmo da taquicardia segurando o patuá na mão direita.
As vozes falam mais baixinho, distantes do plano material. O umbral vai ficar para uma outra noite, hoje é dia de atravessar paredes.

sábado, dezembro 25, 2004

Natal com bolero e sandálias vermelhas. Ainda de ressaca, com calor e sono. Descobri que “vandalismo light” é extremamente saudável e não possui contra indicação. Pequenas doses no decorrer do período, ajudam o sistema endócrino e fortalecem a musculatura facial. Sem falar nos anticorpos honestos que transitam livremente nas gengivas.

domingo, dezembro 19, 2004

Os dias de paz se despedem em grande estilo.
A temperatura já assume 36 graus a sombra.
Os poros choram gotas salgadas, umedecendo os trajes de algodão de repousar.
Embaraçando fibras pesando ao corpo. As 3 hélices fazem um vortex quente e no olho do pequeno furacão ainda é frio, é lá que quero ficar.

sexta-feira, dezembro 17, 2004


A promessa já não é mais dívida.
Sensação de halls preto na garganta e ar gelado nas têmporas.

terça-feira, dezembro 14, 2004


Ao meio dia, a luz da primavera incidia noventa graus sobre seu corpo.
Leve bailarina ensaiava passos pequenos para que o sol pudesse acompanhá-la.
Desajeitado perdia o compasso, perdia o foco. Mas o sorriso metálico a deixava tão infantil que ele não resistia, e sem medo voltava a mirar sua coreografia carnal.

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Honestíssimo my Lord

Coisas de Enrico:
“Basta que seja espontâneo! É simples.”
Tuas palavras estavam lá, acredite, eu lembrei o tempo todo.

domingo, dezembro 12, 2004

Noite das 3 festas:

1)Drink Free

2)Electroburaco

3)beija meus cílios.

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Karma quente das pernas descruzadas no varal de peças íntimas usadas na noite anterior.
Retina tremula fotografa o que restou nas quatro paredes.
Registro do beijo hemoglobina.

quarta-feira, dezembro 08, 2004

mais 1 Drops?

Que bobagem, e você se preocupando com essas balinhas...
Mas eu juro que não sabia, que você tinha experiência com estas doçuras!
E você não lembra dos bombons recheados com Bigornas????
Sim....
Já comi vários.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Drops

Aceita uma bala?
Sim...
Só toma cuidado, pois tem recheio.
Mas que delícia, eu adoro essas que tem caldinho.
É que esta tem pregos... Trancam na garganta.
Tudo bem, eu já provei.

domingo, dezembro 05, 2004

Exatamente isso:

Deixo tudo assim,
não me acanho em ver vaidade em mim
Eu digo o que condiz
Eu gosto é do estrago
Sei do escândalo e eles têm razão
quando vem dizer
que eu não sei medir
nem tempo e nem medo
E seu eu for
o primeiro a prever
e poder desistir
do que for dar errado?
Ora, se não sou eu quem mais
vai decidir o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!
Ah, se o que eu sou é também
o que eu escolhi ser
aceito a condição
Vou levando assim
que o acaso é amigo
do meu coração
quando fala comigo
quando eu sei ouvir...

Los Hermanos - O velho e o moço ( Ventura )

sexta-feira, dezembro 03, 2004

O processo ainda é lento.
Seu frágil sistema continua ligado aos medidores de nível de vida.
Do outro lado da sala corações retraídos aguardam teu suspiro.
Se teu sorriso voltar prometo me comportar melhor.