sexta-feira, dezembro 31, 2004

Já vai tarde!
Todo final de ano diz isso, sem culpa como se fosse vítima do acaso.
Foram reviravoltas, 2004 começou com um pé na bunda mal resolvido que se estendeu até meados julho. Aeroporto e despedida. Terapia. O retorno a vida social e o beijo que não deveria ter acontecido, junto com uma porção de frases lacrimosas que transtornaram minhas certezas. Voltei a conviver com o fantasma materializado amigavelmente, foram dias bons. Perdoava aos poucos, e o peso ia ficando pelo caminho por onde a bicicleta passava. O último saco de areia caiu em dezembro, honestamente e em silencio com os olhos pequenos fitando os olhos de girassóis. O balão mais leve começou a subir, e olhar "as coisas de cima" ajudou a equilibrar as perdas. Neste balão estavam meus amigos, as cervejas geladas, as músicas boas para dançar, os livros, os filmes, e as surpresas de final de festa, tipo um "Bolero". Diversão, vandalismo, vandalismo light, tantos nomes para uma coisa só. VIVER SEM MEDO.