quarta-feira, abril 13, 2005


Disse que guardava segredos quando dormia, que não aceitava balas de troco e só tomava uma decisão depois de um copo de leite morno sem açúcar. Decidida a tornar claro seus ideais de fundo de quintal, levou a pequena faca no bolso do casaco e cravou no polegar da garçonete, sobre a unha que acabara de crescer. Em estado de fúria e dor gotas de sangue se espalharam sobre a mesa, e aos berros apertou o dedo estancando a hemorragia. Sem perder muito tempo jogou as guloseimas no chão e exigiu as moedas que ao longo dos últimos 4 anos foram substituídas por caramelos de quinta categoria. Com a ponta da lamina, contou as "pratas" e foi dar uma volta de grande circular pela cidade.